Primeiras imagens e resultados do voo LiDAR apresentados no dia 14 de maio

Projeto inédito em Portugal na gestão do território, da floresta e dos fogos rurais

A Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais, I.P. (AGIF, I.P.), o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I.P. (ICNF, I.P.) e o ForestWISE – Laboratório Colaborativo para Gestão Integrada da Floresta e do Fogo apresentaram, no dia 14 de maio, os projetos áGiL e a primeira fase da Plataforma Interoperável do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais.

 

 

Promovido pelo ICNF, o áGiL é um projeto-piloto, com recurso a imagens LiDAR, para a gestão do território, da floresta e dos fogos rurais, cujos resultados e a avaliação dos produtos cartográficos gerados contribuirão para o desenho da primeira cobertura nacional de dados LiDAR.

O áGiL visa gerar cartografia sobre a quantidade, a densidade e a estrutura do combustível, que permita avaliar a biomassa, o material lenhoso, o ecossistema, o carbono armazenado, o edificado e outras infraestruturas, e definir as áreas prioritárias de intervenção, nas áreas florestais e na interface urbano-florestal. Incide sobre sete territórios-alvo predominantemente florestais que possuem infraestruturas e edifícios, abrangendo cerca de 45 mil hectares nomeadamente: Parque Florestal de Monsanto (concelho de Lisboa), Mafra, Pombal, Sintra e Cascais, Proença-a-Nova e Oleiros, Serra da Lousã e Vila Pouca de Aguiar.

A cartografia produzida permitirá o planeamento da utilização da biomassa, potenciando a sua gestão sustentável, contribuindo para a conservação dos recursos florestais e habitats que lhe estão associados. O áGIL é promovido e financiado pelo ICNF, através do Fundo Florestal Permanente, e desenvolvido pelo Laboratório Colaborativo para Gestão Integrada da Floresta e do Fogo – ForestWISE, em articulação com a AGIF, tendo tido início em abril de 2020 e será concluído em junho de 2021. Através duma aplicação geográfica, “localizada” na página internet do ICNF, os dados LiDAR serão disponibilizados publicamente, para a comunidade técnica e científica.

 

Já podem ser consultados os dados LiDAR (Light detetection and ranging) adquiridos no âmbito do projeto áGIL na aplicação geográfica: https://geocatalogo.icnf.pt/geovisualizador/agil.html

 

Exemplo de dados LiDAR:

<p>Aqueduto das Águas Livres e Torre de Belém</p>

Aqueduto das Águas Livres e Torre de Belém

Lançamento da primeira Plataforma de Interoperabilidade do SGIFR (PLIS),

A AGIF iniciou em 2020 o desenvolvimento da Plataforma de Interoperabilidade do SGIFR (PLIS), tal como preconizado no Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais. A PLIS visa resolver o problema de interconexão dos dados e irá contribuir para uma melhoria substancial dos Sistemas de Informação e Comunicação, agregando informação de várias entidades, facilmente disseminada e apreendida resultando numa visão global dos processos e atividades.

A PLIS representa uma evolução funcional, organizacional e tecnológica, permitindo que todas as entidades interajam, partilhem informação, comuniquem entre si e com o cidadão. A PLIS estabelecerá também a base essencial para o desenvolvimento futuro na AGIF dos sistemas de apoio à decisão, apoio à gestão, e de governação do SGIFR, no âmbito da missão e das responsabilidades que lhe são atribuídas na RCM 12/19.

A PLIS divide-se em quatro fases:

  • Levantamento da situação atual e envolvimento das entidades;
  • Arquitetura (análise de requisitos, desenho da arquitetura do sistema e elaboração de caderno de encargos para o desenvolvimento);
  • Desenvolvimento do PLIS;
  • Implementação (capacitação, divulgação). Ao longo de cada uma das quatro fases perspetiva-se o desenvolvimento de plataformas operativas específicas devidamente integradas na arquitetura do PLIS, no âmbito das competências das entidades participantes, que asseguram resultados (quick wins) e acrescentam, no imediato e a médio prazo, valor ao SGIFR.

A Fase 1 do projeto está concluída e teve como objetivo o levantamento da situação atual, em matéria de tecnologia e informação, de forma a definir a realidade existente e criar a base para o processo de integração posterior.

Foi executado um trabalho (em parceria com o INESC TEC) de Arquitetura Empresarial focado nas dimensões da Arquitetura Informacional (as entidades informacionais – dados, estruturas e metadados), da Arquitetura Aplicacional (as aplicações informáticas que suportam e manipulam as entidades informacionais) e da Arquitetura Tecnológica (sistemas tecnológicos de suporte, como SGBD, sistemas operativos, servidores). Deste modo identificaram-se, para cada entidade, os seguintes elementos:

  • Dados primários criados ou processados por cada entidade;
  • As fontes de dados a que cada entidade acede para obter dados e informação;
  • Os mecanismos de qualidade dos dados;
  • A disponibilização de dados e a forma de acesso aos mesmos;
  • A política de acesso, nos casos em que existe; e,
  • As principais aplicações informáticas que lidam com todos esses dados.

 

Para mais informação: https://www.agif.pt/pt/mais-informacao-partilhada-melhor-gestao-e-tomada-de-decisao.

Apresentações (14 de maio):